Paulo Afonso, 28 de abril de 2024

Patricia Santos

Ingratidão: o triste fim do jumento, nosso irmão!

Que o homem é naturalmente ingrato, todos nós já sabemos. Mas ele vem se superando assustadoramente a cada dia. Ontem, eu ia passando em frente a TV, quando vi uma matéria no jornal que me chamou bastante atenção.

Com titulo “O abate sem controle de jumentos capturados pelo Nordeste está levando a uma rápida redução no número de animais, o que coloca a espécie em risco de extinção”, a matéria trazia informações estarrecedoras e tristes sobre o tratamento terrível que o brasileiro, inclusive, o sertanejo vem dando aos jumentos.

Além de maus tratos e abandono, os jumentos, aqueles que ajudaram por tanto tempo o homem do campo, como Luiz Gonzaga cantou em uma de suas canções:”O jumento sempre foi o maior desenvolvimentista do sertão, ajudou o homem na lida diária, ajudou o homem, ajudou o Brasil a se desenvolver”, estão sendo impiedosamente dizimados.

Desde 2011, quando esses animais passaram a ser substituídos por motocicletas, nas áreas rurais, e vagarem em vias públicas, a população tem diminuído significativamente. Eles passaram a ser capturados, confinados em condições precárias e abatidos para terem o couro retirado e comercializado para a China.

O animal que arrastou lenha, madeira, pedra, cal, cimento, tijolo, telha, fez açude, estrada de rodagem, carregou água pra casa do homem, fez a feira e serviu de montaria, não merece um final tão triste como esse de tanta ingratidão, afinal, como dizia o rei do baião, o jumento é nosso irmão!

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