Paulo Afonso, 30 de abril de 2024

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Quando a acessibilidade também anda de cadeira de rodas

Nossa vida é feita de ciclos e eventualidades das quais em algum momento implicará na redução da nossa mobilidade física. Então, é nessa hora em que a Acessibilidade se faz necessária.

Estou há quarenta dias sem colocar o pé no chão, sem andar, sem realizar minhas minhas atividades rotineiras e tendo que conviver com grandes desafios. É difícil perder o privilégio de poder andar com nossas próprias pernas, ou seja, perder o direito de ir e vir.

Hoje tenho uma pequena noção do sofrimento que um cadeirante enfrenta no seu cotidiano. Limitações dentro e fora de casa. O pior de tudo é perceber que a nossa sociedade não oferece as mínimas condições de acessibilidade. É impossível para um cadeirante se locomover nas ruas de nossa cidade e até mesmo ter acesso a algumas repartições públicas.

A presença de degraus, a falta de corrimãos, rampas, banheiros adaptados para os cadeirantes e salas de espera inadequadas às necessidades torna a inclusão do cadeirante na sociedade quase que impossível.

Acessibilidade é permitir que todas as pessoas, independentemente de suas características físicas ou intelectuais, possam exercer o seu direito de ir e vir com segurança, autonomia e conforto. Infelizmente, essa Acessibilidade ainda não chegou às maioria das cidades brasileiras. Chego a pensar que ela também deve estar cadeirante, só pode.

É preciso que a sociedade e o poder público olhem com mais respeito e carinho para essa população.

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