Paulo Afonso, 27 de abril de 2024

Internacional

New York Times diz que Bolsonaro se hospedou na Embaixada da Hungria após perder passaporte

New York Times sugere que ex-presidente tentaria fugir da justiça

A estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano, ganhou destaque após seu passaporte ter sido apreendido pela Polícia Federal, conforme divulgado pelo jornal The New York Times.

O jornal norte-americano levanta a possibilidade de que Bolsonaro, atualmente alvo de investigações criminais, tenha buscado refúgio na embaixada para evitar a justiça brasileira, considerando que um ex-presidente não pode ser preso em território estrangeiro. A matéria sugere que Bolsonaro tentou se aproveitar de sua amizade com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, conhecido por sua ideologia de extrema direita, como uma forma de escapar das investigações em seu país.

As imagens das câmeras de segurança da embaixada, obtidas pelo jornal, mostram Bolsonaro acompanhado por seguranças e funcionários diplomáticos durante os dois dias de sua estadia. Observações de imagens de satélite corroboram os relatos, indicando sua chegada em 12 de fevereiro à tarde e saída em 14 de fevereiro à tarde. A embaixada, durante esse período, estava relativamente vazia, com muitos funcionários de férias devido ao feriado de carnaval.

A defesa de Bolsonaro confirmou sua presença na embaixada, justificando-a como uma visita para manter contatos com autoridades do país amigo. Segundo os advogados do ex-presidente, ele aproveitou a estadia para atualizar cenários políticos com autoridades húngaras, destacando seu bom relacionamento com o premier Viktor Orban, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente argentino Javier Milei em Buenos Aires.

A Embaixada da Hungria ainda não se pronunciou sobre a estadia de Bolsonaro. Vale ressaltar que o passaporte do ex-presidente foi apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis, desencadeada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, firmar um acordo de colaboração premiada com investigadores da PF.

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