Por: José Ivandro
As eleições se aproximam e nós vamos voltar as urnas para escolher os nossos representantes na Câmara municipal. Mas que tipo de representação você quer? Você quer um “assistente social” ou um vereador?
A politica do toma lá da cá, que continua valendo no Brasil, pressupõe que para receber o voto, o candidato se disponha a dar em troca algo de valor ao eleitor. Normalmente, essa troca se dá por mercadorias, dinheiro ou favores.
Após a eleição o candidato eleito deixa de ter responsabilidade com o eleitor, já que negociou aquele voto, dando em troca dinheiro, remédios, consultas, exames, material de construção ou promessas de emprego no legislativo ou na prefeitura.
Essa politica sobrevive graças a ineficiência do Estado, que não consegue atender devidamente as necessidades da sua população, deixando brechas para que a troca de favores ocorra e interfira no resultado das eleições. Muitas vezes isso ocorre por falta de recursos, noutras propositalmente para favorecer aliados.
Outro fator determinante para a continuidade deste tipo de politica é a vontade do eleitor, a possibilidade de levar vantagem, mesmo que momentânea, ainda que conscientes dos anos de desprezo que virão, leva grande parcela do eleitorado a negociar seu voto.
Assim muitas vezes elegemos péssimos vereadores e “assistentes sociais” sem qualificação. Esse tipo de “representante” ajuda seus eleitores apenas quando lhes convêm, normalmente a cada dois anos, nas eleições de deputado, quando revendem o voto, e nas proximidades de sua tentativa de reeleição.
Se você quer vereadores incompetentes, que não conseguem apresentar um projeto de lei, ignorantes, que não conseguem analisar os projetos do executivo e incapazes, que não sabem discernir entre o o que é bom e o que é ruim para o seu povo, continue vendendo ou trocando o seu voto, abrindo mão do direito de reclamar.