O projetista comercial Thiago Costa, de 34 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (29), apenas 10 dias após o diagnóstico positivo para Covid-19. Segundo a arquiteta Cíntia Costa da loja Lar Casa, amiga e ex-chefe de Thiago, ele estava bem até o último final de semana, medicado, fez uma radiografia do pulmão no sábado, dia 24, e vinha bem, mas nos últimos três dias tudo mudou.
“Do domingo (25) para a segunda-feira (26) o quadro virou. Na segunda agora, a irmã dele me ligou dizendo que ele estava com dificuldade de respirar e tiveram que acionar o SAMU, foi quando ele ficou internado, oito dias após o diagnóstico.”, contou.
Thiago foi hospitalizado em Paulo Afonso, mas por falta de vaga em UTI, ficou na regulação à espera de um leito para iniciar o tratamento intensivo: “Ele vinha aguardando vaga de UTI aqui (em Paulo Afonso) ou fora, que foi o que aconteceu, conseguiu ontem (quarta) uma vaga lá em Simões Filho. Ele chegou de madrugada (hoje), o pai dele e a irmã mais velha ainda estavam em trânsito, na estrada, eles tinham saído às 5h da manhã, mas o óbito se deu às 7h.”
A empresária também falou que antes da remoção, o médico disse que estado de saúde de Thiago era muito grave. “Ele já saiu daqui com algumas complicações, o médico havia falado para o pai dele que os pulmões e os rins estavam comprometidos e a situação era muito crítica. Chegando lá, Thiago entrou em parada cardíaca, não conseguiram reanimá-lo e infelizmente ele veio a óbito.”
O corpo de Thiago está previsto para chegar a Paulo Afonso às 2h da madrugada e o cortejo seguido do sepultamento acontece nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (30).
Homenagem
A arquiteta contou que Thiago foi colaborador em sua empresa por oito anos, há dois anos ele deixou o grupo Lar Casa para trabalhar em Arapiraca. Mas nem por isso se afastaram, a amizade e o carinho mútuo continuaram.
Nas suas redes sociais, Cíntia Costa postou uma mensagem comovente para homenagear o grande amigo:
Chorei quando deixamos de trabalhar juntos, aliás, choramos os dois, coisa rara de acontecer; porque ele não era de chorar, era de sorrir e mestre na arte de fazer sorrir todos a sua volta.
Mas naquele dia sabíamos que era só um ciclo das nossas vidas que se encerraria, a amizade não. Uma empatia que transcendeu as fronteiras do trabalho e permaneceu até hoje.
Nos falávamos quase que diariamente por zap e direct. Nem mesmo quando ele me disse que positivou eu imaginaria que dez dias após choraria e dessa vez sim, por uma perda definitiva.
Esse dia triste nem combina com a atmosfera de alegria que emanava dele.
E exatamente por isso, é difícil de acreditar!
Noticia Originalmente publicada no site Ozildo Alves Pa4.com e republicada pelo Tribuna Mulungu