por Marcelino Brito*
Através da poesia manifesto a beleza e a estética da construção dos meus textos, simplesmente, transformando sonhos no expressar dos meus sentimentos, declamados na mente e no coração desse poeta matuto, orgulhoso de sua raiz sertaneja.
No caminhar da minha mente trafego meus pensamentos, em que faço uma viagem sem fronteiras de uma imaginária vida que vivi em um sertão que água é ouro. Sertanejo não é só poesia, é povo forte, esperançoso e destemido em preservar sua terra, seus costumes e suas crenças!
Da poesia faço minha bandeira para recordar vidas felizes, viventes nesse chão, chamado sertão! De lá vim, pra lá vou, pois lá sou feliz! De lá tiro a inspiração para narrar meu canto poético. Sentindo o fervor do sangue sertanejo que flui o pulsar da poesia, andante nas minhas veias com destino ao sertão! Meu pensamento lá está! Sonhando com o verde que a chuva brotou, ouvindo cantorias de pássaros que o sertão acordou. Sentindo a terra que a chuva molhou! Sou eu, sim, que trago a poesia que inunda o meu ser, deixando a cachoeira em minha mente jorrar, transbordando esperança e levando a água que o sertanejo espera!
Sertanejo, homem forte, esperançoso, cheio de lamentos, que olha para o alto esperando chuva. Que planta o sustento com a incerteza de colher fartura, ver na tristeza de um filho que chora o seu maior desespero. Do rebanho que morre às lágrimas que escorrem no seu rosto! O que lhe resta? A fé que o conduz, a esperança com a única certeza: “De que Deus não há de lhe faltar”.
Foto @ivandro.f
