O Brasil tem quase 105 milhões de mulheres, que representam 51,5% da população , de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Embora maioria na sociedade, elas detêm uma fatia pequena nas instâncias do poder político.
A presença feminina na política tem crescido no país. Mas a passos muito lentos. Desde 1932, o direito de voto é permitido às mulheres. Elas, no entanto, pouco a pouco conseguiram vencer as resistências na difícil tarefa de disputar uma eleição.
Em Paulo Afonso essa realidade não é diferente, a baixa representatividade de mulheres na política é refletida com a presença de apenas duas vereadoras exercendo o cargo atualmente na Câmara Municipal.
De acordo com uma matéria do Folha Sertaneja, ao longo quase 65 anos a Câmara Municipal de Paulo Afonso teve 210 vereadores eleitos e que desse total, até o ano de 2024, apenas 10 mulheres foram eleitas vereadores, sendo a última eleita a vereadora Evinha Oliveira no ano de 2020.
Mas, esse panorama promete mudar, com as últimas articulações e movimentos de partidos políticos, estamos percebendo um crescente interesse de mulheres pela política, inclusive, teremos uma pré-candidata a prefeita, a advogada Onilde Carvalho, e várias outras já se manifestaram publicamente como pré-candidatas a vereadora.
Vale lembrar que a legislação eleitoral impõe que partidos e coligações reservem, no mínimo, 30% das candidaturas a cargos legislativos para mulheres. As agremiações também devem destinar, no mínimo, 30% dos fundos eleitoral e partidário e a aplicação do mesmo percentual ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para as mulheres.
E, sinceramente, esperamos que este ano seja um início de nova era na política pauloafonsina e que estas mulheres que estão se disponibilizando atuem realmente como protagonistas e não apenas sejam usadas como fantoches para preencher cotas de partidos.