Neste domingo (06) brasileiros/as puderam retornar as urnas e escolheram por intermédio do voto direto, mediante amplo processo democrático, candidatos/as ao Conselho Tutelar que tem como objetivo central a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
O momento político que o pais atravessa não é dos melhores mas a desobrigação de votar para escolher os/as novos representantes do conselho tutelar, talvez tenha sido um grande passo para o livre direito de votar e ser votado.
É bem verdade que é possível presenciarmos alguns excessos, mas nada que não possa ser saneado com uma ação firme da justiça eleitoral e a fiscalização popular. Em Paulo Afonso as urnas deram uma grande resposta. A população quer a ascensão da mulher e não é qualquer mulher. São mulheres que carregam uma trajetória de vida e que ainda assim arrumam tempo em sua tripla jornada.
A causa da criança e do/a adolescente é uma “luta” permanente e carece de um olhar humanizado capaz de compreender as reais necessidades. A situação de vulnerabilidade social não é uma escolha, muitas das vezes a violência está muito presente e a falta de oportunidade de acesso a educação pública de qualidade, incluindo o esporte e o lazer acaba gerando situações muito graves que ultrapassa o campo das competências e faz com que entre em campo todo o trabalho da rede de proteção.
Aos detentores e defensores de discurso raivoso é preciso se desarmar literalmente falando. Continuo a defender a implantação do segundo Conselho Tutelar em Paulo Afonso/ BTN e eleições diretas para gestores/as escolar.
Pra finalizar, parabenizo as 05 mulheres eleitas seguidas de suplentes também mulheres. Que a sociedade continue participando da causa em defesa e proteção das nossas crianças e adolescentes.
Geraldo Alves – Colunista do Tribuna Mulungu, ativista político e social e defensor da educação pública de qualidade e da cultura de paz.