Paulo Afonso, 28 de abril de 2024

Língua Afiada

O Ipê Amarelo vai resistir

Em julho de 2005, com a ajuda dos meu sogro, compramos a nossa casa na Rua da Independência no BTN 2, ele pagou à vista e nós devolvemos em suaves parcelas mensais.
A primeira providência que tomamos foi plantar arvores na frente da casa (hoje é a lateral) e a primeira delas foi uma muda de Ipê Amarelo, doada por um amigo. Plantamos também um Ipê Rosa e um Ipê Branco, esses não vingaram.

O Fato é que o nosso Ipê é lindo e agora que está florando, fica mais bonito ainda, chamando a atenção de quem passa na rua. Arvores causam alguns problemas para quem invade o seu espaço. No nosso caso as suas raízes não causam problema e somente a queda das folhas e das flores é que dão trabalho, nada que não possa ser resolvido.
Um tempo atrás fomos procurados pela vizinha que afirmava que a arvore estava provocando rachaduras no seu imóvel, pedimos a um especialista pra verificar e ele disse que ali o problema era o aterro que não estava compactado corretamente e não a arvore. Solicitamos a visita de uma equipe da secretaria do Meio Ambiente que veio verificar e informar se havia ou não risco para o imóvel. Não houve resposta.

Hoje estávamos almoçando, quando por volta das 13 horas, ouvimos um barulho na rua que parecia uma briga, logo em seguida recebi a ligação de outra vizinha, indignada me dizia para não permitir a derrubada do nosso Ipê Amarelo, saímos para verificar o que realmente estava acontecendo e encontramos a equipe da secretaria de Meio Ambiente pronta para executar a tarefa.

Nos somamos ao coro dos vizinhos que também são contrários a derrubada da arvore, que incomoda a apenas uma pessoa, eu e minha esposa avisamos que não aceitaríamos a retirada da arvore sem que houvesse um laudo comprovando o risco para o imóvel da reclamante.

A equipe da prefeitura entendeu a nossa recusa e se retirou. A revolta permaneceu, junto dela a dúvida, porque a secretaria do Meio Ambiente autorizou a retirada da arvore se ela não oferecia risco a ninguém? Se oferecia risco por que não apresentaram laudo? Quem autorizou? Por que não fomos previamente avisados?
São perguntas que não podem ficar sem respostas.

José Ivandro é colaborador do Portal Tribuna Mulungu

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