Paulo Afonso, 28 de março de 2024

Economia

Em 2 anos, país fechou 500 mil vagas de trabalho doméstico; renda caiu 8%

Os dados sobre ocupação em trabalhos domésticos no Brasil não seguiram o crescimento registrado em todo o país entre o 4º trimestre de 2019 e o 4º trimestre de 2021. Segundo pesquisa Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse grupo perdeu 500 mil vagas, saindo de 6,2 milhões de ocupados para 5,7 milhões.

De acordo com o estudo, divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nesse período o número de ocupados no Brasil passou de 95,5 milhões para 95,7 milhões. A pesquisa mostra que, antes representadas por 5,7 milhões de trabalhadoras domésticas, agora, o número de mulheres desse grupo caiu para 5,2 milhões. Sendo 3,4 milhões consideradas negras e outras 1,8 milhão identificadas como não negras.

De acordo com a Pnad Contínua, houve redução do número de trabalhadoras com e sem carteira assinada e das que contribuíam para Previdência. Em 2019, 1,5 milhão de mulheres desse grupo (27%) trabalhavam com carteira assinada, enquanto 4,2 milhões (73%) exerciam a função sem carteira. Agora, 1,2 milhão (24%) trabalham com carteira, e 4 milhões (76%) não têm o documento assinado.

Em 2019, 2,1 milhões (37,2%) de trabalhadoras domésticas no Brasil contribuíam para Previdência. Agora, esse número caiu para 1,8 milhão (33,7%). O estudo registrou idade média das trabalhadoras domésticas de 43 anos, sendo a maioria entre 30 e 59 anos.

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