Por *José Ivandro – Publicado em 27/02/20 às 08:45
Ano passado fomos todos pegos de surpresa. De repente sem aviso prévio, a polícia militar interrompeu a festa. É por que afora as comemorações de amigos, reunidos em bloquinhos ou suas casas ou em chácaras alugadas ou cedidas, nós não tínhamos Carnaval, nós tínhamos As Poderosas.
E naquela tarde, a incompreensão, a falta de visão e de conhecimento da realidade local venceu.
Não culpo o comandante da PM da época, pra ele o que importava era a segurança da população, ele não sabia o tamanho da decepção que causaria. Culpo sim os que se calaram, os que não questionaram a decisão conhecida de antemão pela organização do carnaval, desconhecida da população.
Este ano a prefeitura resolveu corrigir tudo, tomou para si a responsabilidade pelo Carnaval e ditou as regras do evento, e mais ainda realizou a festa e apoiou os blocos organizados.
Infelizmente no caso do BTN cometeram um equívoco, após tantos anos sem a festa, não foi uma boa ideia realizá-la entre as 12 e às 18 horas.
Boa programação, boa estrutura, péssimo horário. Faltou outra vez ouvir quem mora aqui.
Mas dessa vez As Poderosas salvaram o Carnaval. Uma multidão seguiu o Bloco desde o Ceasa até o Campo do Flamengo passando pela Delmiro Gouveia.
Foi uma bela festa, com muita alegria, espontaneidade e criatividade dos foliões.
Paulo Afonso retomou o Carnaval, a festa foi um sucesso, no Coreto, nas ruas e avenidas do Centro e também no BTN.
Agora não tem mais volta, é preciso projetar 2021 e exigir a garantia do policiamento, o Governador da Bahia precisa entender que por mais importante que seja o Carnaval de Salvador, não se pode deixar o interior ao Deus dará.
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*José Ivandro é Colunista de Politica do Portal Tribuna Mulungu
