A Chesf Companhia Hidroelétrica do São Francisco nunca devolveu a Paulo Afonso o que lhe deve pelo tanto de riqueza que daqui tirou.
No começo impediu que fábricas se instalassem na cidade para não concorrer com a mão de obra barata que lhe servia.
Não permitiu a exploração do turismo da forma adequada limitando ao máximo o acesso a parte de suas instalações.
Não pagou impostos e muito menos pagou pelas terras das quais se apropriou. E o pior: por muito tempo negou ou dificultou atendimento no seu hospital aos que não eram funcionários da empresa.
A Chesf não cumpriu devidamente o seu papel social. Se não fosse a determinação do ex-prefeito Zé Ivaldo que lutou e conseguiu enfiar goela abaixo da empresa, a cobrança do IPTU na justiça, e dos Royalties na Constituição de 88, até hoje Paulo Afonso estaria na miséria.
Vem, portanto, em boa hora, a Moção de Repúdio proposta pela vereadora Irmã Leda, aprovada ontem (24/05/21) na Câmara municipal, aos diretores da Chesf, Adriano Soares e Rodrigo Lira.
A Irmã Leda bem que poderia ter estendido a moção a toda a diretoria da empresa, e a Abraham Weintraub ex-ministro da Deseducação do governo Bolsonaro que suspendeu o processo que tornaria a UNIVASF responsável pelo hospital Nair Alves de Souza. O Nair acabou sob a tutela do município de Paulo Afonso, cujo prefeito reclama dos custos e diz não ter como manter o hospital sem a efetiva participação do Estado e da União.
Perdeu “o tempo de Bola”
Tem vereador em Paulo Afonso que mesmo com muitos quilômetros rodados adota postura de amador. Debocha da inteligência do eleitor quando sugere que medidas da prefeitura só ocorreram após sua intervenção. O pobre Edil como se diz no futebol perdeu “o tempo de bola”, isso ocorre quando um atleta chega atrasado e atinge o adversário.
Aliás quem sempre esteve a favor do comércio aberto sem restrições, não deveria reclamar dos aumentos de casos de Covid na cidade e muito menos da superlotação dos hospitais.
Todo mundo que nega a importância do distanciamento social tem culpa no cartório.
Sem vacina
Um grupo grande de pessoas vem sendo preterida na vacinação, o grupo dos 59 aos 50 anos, considerados idosos saudáveis, eles não tomam nem captopril, e estão ficando pra trás no processo de vacinação.
Já entrou a turma da segurança, dos com comorbidades, dos professores, dos que têm necessidades especiais, dos jornalistas, e já tem gente defendendo que lhes tomem a frente moto taxistas, balconistas, caixas de supermercado, atendentes de loja, e outras categorias que também se mobilizam e pressionam para receber a vacina por estarem expostos ao vírus.
Portanto só lhes resta uma opção: Idosos de 50 acima não vacinados Uni-vos e lutem por seu direito.
*PS: Eu não faço parte do grupo, já fui vacinado na sequencia por idade, e, por isso posso reclamar livremente.
José Ivandro é aprendiz de jornalista e colunista de politica do Tribuna Mulungu
