Tem razão quem reclama do aumento de preços das passagens de ônibus urbano em Paulo Afonso. O motivo é simples: empresas passando por dificuldades tem muitas, desde o barzinho à loja de roupa chique.
A má condução do enfrentamento a Pandemia, por parte do Presidente da República, que deveria ter comprado vacina e promovido uma ação conjunta de combate ao vírus com governadores e prefeitos, potencializa o problema na medida em que ao invés de combater o inimigo real e invisível que é o vírus, transforma a pandemia em uma disputa política e só quem perde com isso é o trabalhador, e os mais pobres, elos mais fracos da corrente.
Se sua excelência tivesse exercido o seu papel de coordenador do enfrentamento a Pandemia e tomado as medidas necessárias para contê-la, em parceria com estados e municípios, não estaria hoje sendo acusado de ser o responsável pelas quase 400 mil mortes ocorridas no país, ao invés da pecha de Genocida, ganharia o nome de Defensor da vida. Suas ações equivocadas, faz com que a Pandemia avance no Brasil, enquanto em outros países que optaram por vacinar e promover lockdown nacional, a vida já começa a voltar ao normal, como é o caso de Israel por exemplo.
A empresa Atlântico é uma das empresas que passa por dificuldades para se manter no seu ramo, isso é notório, mas o trabalhador, o pobre, o mais carente, este, está em situação pior e não deve ser penalizado no meio da Pandemia com um aumento de tarifa. Outra solução deveria ter sido encontrada para evitar este aumento. O prefeito porém fica entre a cruz e a espada, com dois hospitais nas costas do município, e com a ameaça velada da Atlântico de abandonar o contrato e cair fora. Ter que intervir na empresa e assumir mais esse ônus, é uma hipótese que o prefeito não quer nem pensar.
José Ivandro é aprendiz de jornalista e colunista de Politica do Tribuna Mulungu.
