Manifestantes se reuniram na manhã deste sábado (3), na praça da Tribuna Livre, para pedir o impeachment do presidente Bolsonaro. O ato organizado pelo coletivo de entidades de classe e movimentos sociais denunciou abusos e omissões do governo federal e prestou homenagem às vítimas da Covid em Paulo Afonso.
Através de uma intervenção artística, cruzes simbolizavam as 186 pessoas que perderam a vida na cidade em razão da pandemia e uma faixa “NÃO SÃO NÚMEROS, SÃO VIDAS” e “FORA BOLSONARO” se destacaram no espaço.
Depoimentos
Mesmo sob a chuva que caiu durante o evento, lideranças se revezaram denunciando a situação vivida pelo país, entremeadas por músicas executadas pelo artista Izael. “Quando tomei a primeira dose da vacina, chorei de alegria, e no dia que tomei a segunda, na noite anterior, chorei muito por saber que mais de 500 mil pessoas não tiveram essa oportunidade”, falou um dos manifestantes.
“Esse governo é assassino, não vamos recuar, vamos continuar exigindo que ele saia, seu negacionismo matou milhares de pessoas”, disse outro participante do ato. “A luta seguirá até esse governo assassino, genocida ser destituído, as entidades vão seguir unidas em defesa do povo e pelo Fora Bolsonaro”, falou outro manifestante. “O povo está passando fome e ele não faz nada, as pessoas estão sendo deixadas a própria sorte, isso não pode continuar”, reforçou a representante do MST.
Denúncias e investigação marcam a semana
O escândalo de corrupção do governo Bolsonaro na compra de vacinas e investigado pela CPI, seguido da abertura de investigação pela PGR contra por crime de prevaricação por parte do presidente e o processo do MPF contra o ex-ministro da saúde por omissão e negligência reforçam o papel desastroso do poder executivo federal no enfrentamento da pandemia e sua responsabilidade pelo número de mortos.
Lutas
O movimento luta por mais vacinas, auxílio emergencial de R$ 600, contra o corte de verbas na saúde e educação, contra as privatizações, entre elas a da Eletrobrás/Chesf, contra a reforma administrativa e contra o avanço do projeto de lei 490, que ameaça os direitos dos povos indígenas.
O Ato Fora Bolsonaro foi organizado em Paulo Afonso pelas seguintes entidades: Frente Popular Grito dos Excluídos, ADUNEB, APLB Sindicato, Sinergia, SINCOPA, MST, DA de Direito UNEB, Coletivo Pajeú, DCE UNEB, UJC, Movimentos Sociais, lideranças, além de simpatizantes e voluntários.
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