Paulo Afonso, 19 de abril de 2024

Opinião

A covid-19 avança e cresce o número de vitimas fatais em Paulo Afonso

A morte chegou na nossa vizinhança, você já percebeu? Você já perdeu algum parente? Algum amigo?

Ou você muda a sua forma de encarar a Pandemia, ou a morte vai chegar mais perto ainda.
Desde o início, e eu talvez tenha sido, e com certeza fui chamado de alarmista, exagerado, agourento e coisa e tal.
Disse inúmeras vezes que a doença chegaria caso não tomássemos os devidos cuidados, e nós, a maioria, não tomou cuidado nenhum, não nos preocupamos com os riscos, cada um com seu motivo, cada um com o seu egoísmo, cada um desprezando as inúmeras formas de atrair o mal para dentro de casa.

Temos um presidente negacionista, e que trabalha a favor do vírus, a favor da morte, a favor do caos. O presidente optou por não testar para a COVID-19, não lhe interessava saber quem estava contaminado, decidiu vacinar o mínimo, preferiu não isolar ninguém e brigou na justiça para impedir que os prefeitos e governadores o fizessem.

O presidente decidiu que a vida não era importante. Aderiu a ideia de que era preciso infectar a todos e os que morressem que morressem, azar, morreriam os fracos, os inúteis, os velhos e os doentes, era um peso a menos para o Estado, que precisa ser mínimo, pequeno, pois para ele quem tem que ser forte é a iniciativa privada.

A preocupação do presidente era com a economia, essa que tinha que ser salva. vidas não lhe diziam respeito, comprou a ideia de seu líder Trump, de que a Cloroquina, boa no combate a malária, serviria para enganar as pessoas, posto que estaria cuidando delas, mesmo, e essa é a pior parte, após saber que o tal remédio é inútil neste caso, e, funciona tanto quanto o chá de Casca de Pinha.

Mas os nossos problemas não estão somente no presidente, não só.
A pressão, para que a roda da economia, volte a rodar, força a prefeitura e inclusive o governo do estado a abrir o comércio, a flexibilizar, e é essa flexibilização que permite que academia abra, bar abra, restaurante abra, lojas abram, que supermercados, bancos e lotéricas abram todos os dias, o que aumenta o risco, essa somatória é que permite o avanço da doença.

Além disso a irresponsabilidade é grande, de pessoas e de empresas. A doença avançou e nós relaxamos, tem gente infectada que não sabe que está, tem gente infectada que sabe que tem o vírus, mas como não tem sintomas graves, não se preocupa, não se protege e espalha a doença.

As pessoas não usam máscaras, as empresas não cumprem as exigências, o número mínimo de pessoas nos ambientes não é respeitado. Tem empresas obrigando funcionários infectados a permanecer trabalhando, permanecem abertas para não tomar prejuízo, e algumas sequer fazem o processo de desinfecção dos ambientes, talvez para não alertar os clientes do risco.

Isso é grave! É necessário que o prefeito e o governador repensem a questão.
Não temos vacina suficiente, o isolamento social é mínimo, não existe testagem que permita planejamento, não temos como ampliar a capacidade de atendimento da UPA e dos hospitais para atender toda a região, e o número de variantes em circulação do vírus aumenta a cada dia, assim, isso só vai piorar.

Todo mundo quer trabalhar, todo mundo quer a volta da vida normal, mas ao invés de lutarem por auxílio emergencial, por medidas de apoio as pequenas e médias empresas, por testagem em massa, por vacina e por lockdown que é o que pode resolver, lutam e reclamam contra o que ainda tem dado resultado.

A morte está avançando, o vírus está vencendo.
Não permita que o caixão de um parente ou um amigo seja o próximo a sair.

*José Ivandro, é aprendiz de jornalismo e colunista de politica do Portal Tribuna Mulungu

*Este texto não reflete necessariamente a opinião do Portal tribuna Mulungu.

 

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